12 March 2005

Minha mais nova filha

Em atenção aos comentários da graaaaaaaaaaaande presença e amiga Karinassa - e, também, atendendo ao meu próprio ego inflado - estou aqui para descrever, pormenorizadamente, a saga da tatuagem.Pra galera que quer saber qual o símbolo escolhi, acesse http://www.champ.com.br/china/, escolha a letra "b" e veja como se escreve BEIJO em chinês. Essa é a tatto, só não tirei foto AINDA porque ela ainda está em fase de cicatrização, e não estou querendo abusar. Sabe como é, "mãe" zelosa dá nisso...Vou contar de uma vez como foi o final da saga - afinal, foram 10 ANOS entre escolha e realização do feito. Tattoo não é uma coisa que deva ser feita por pessoas irresponsáveis. É algo que vai te marcar pra sempre. Mesmo que vc retire a dita-cuja, sempre vai se lembrar do dia em que ela foi feita... Principalmente por conta da grana que vai gastar.
Bueno, a saga começou na quinta passada (03/03), quando fiz a tattoo de henna. Mesmo desenho, no mesmo lugar do corpo, com o mesmo estúdio, no qual não confio. Ok. Fui lá, paguei pelo desenho, voltei feliz da vida. O negócio, mesmo, era fazer a tattoo antes que a henna saísse por completo - afinal, eu é que não ia ficar gastando o valor de uma nova tatto toda vez que quisesse pegar o desenho...
Enfim. Me decidi a fazer no sábado, dia 05, mesmo, afinal, já tinha ido ver o estúdio um mês antes, tirado todas - ou quase todas - as minhas dúvidas, o estúdio é perto de casa, dá pra voltar correndo chorando de dor para o colo da mãe... Mas, obra do destino! Depois de anunciar no serviço para todos os tatuados que na segunda-feira eu já chegaria tatuada, no sábado simplesmente DORMI DEMAIS, fui ao mercado, e quando vi, o estúdio estava fechado. Tristeza. Pensam que desisti???? Que nada! No Shopping Total, aqui em Curitas, tem um tatuador. Pensei "amanhã é domingo, vou lá, mesmo que seja mais caro". O amigo do meu irmão, DK, me acompanhou, de tão apavorada que eu estava. Nem é um desenho assim, TÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO grande, mas mesmo assim, fiquei pensando "vai doer, vai doer, vai doer" e isso assustou a pequena criança aqui. Bien. Chegando lá, não bastasse o preço ser muito mais alto que a maioria dos tatuadores me passou (tatto simples, sem sombreamento!), o tatuador disse que só me atenderia durante a semana, pois no FDS ele ganha mais fazendo piercings (engraçado, achei que para fazer piercing era preciso autorização dos pais do menor, mas tudo bem).
Enfim. Entre o domingo e a quinta, vivenciei horas de angústia e ansiedade. Angústia, porque pensava se ia doer, se ia precisar mudar a alimentação, se ia saber cuidar bem da tatuagem, se ia doer depois... E ansiedade, para ver como ela ia ficar!!! Mais ou menos a mesma coisa que minha mãe viveu antes de nós (eu e meus irmãos) nascermos. Mas, finalmente, na quinta-feira, dia dez de março de dois mil e cinco, consegui me tatuar.
Fui ao estúdio devidamente escoltada pela minha Amiga A., que passou aqui e ouvi - acho que pela décima vez só naquele dia - que era pra eu ficar relaxada, que não ia doer nada. Pedi "não fala que não vai doer, que eu fico mais nervosa ainda!!!", e enquanto esperávamos o Zique preparar o material (agulhas e luvas cirúrgicas descartáveis, tinta não reaproveitada...) ficamos olhando um monte de amostras de tatuagem, e conversando sb pessoas que conhecíamos que já tinham feito tatuagem... Até que, finalmente, chegou a minha vez.
O lugar do corpo: pouco acima do tornozelo (embora a tentação de fazer em um lugar do corpo menos visível e mais sexy foi grande), meio longe do osso, estilo "vi-mas-não-tenho-muita-certeza-se-vi"... Assim que sentei na cadeira, lembrei da cadeira da minha dentista. O pânico assomou minha pessoa, e antes que o tatuador pudesse dizer "não vai doer nada" já fui falando para não me dizer pra ficar calma (quer me deixar nervosa, fala que eu tenho que relaxar). De qualquer modo, vi a preparação: o instrumento de tatuar parece mais um instrumento de tortura, é uma pistola onde vão as agulhas com as tintas - descartáveis, ambas, por sinal - e o barulhinho é irritante.
Passado o gel, desenhado o desenho (até aí eu estava relativamente tranqs), começou a sessão. Falo brincando que o cara deve ter passado tanto anestésico que fiquei dopada, mas não é assim. Na realidade, ele passou mesmo uma boa quantidade de pomada anestésica, mas nada que vc não faça em casa quando tem um corte aberto.
Quase não senti dor, apenas como se estivesse passando uma lapiseira com força em cima da pele, ou alguns beliscõezinhos de vez em quando. A dor veio quando fiz o sombreamento... O anestésico tinha acabado, e foi na raça. Mas nada muuuuuito insuportável, garanto que depilar a virilha com cera quente dói mais.
Enfim. Depois de pronta, foi só passar a pomadinha B. (acharam que eu ia fazer propaganda de graça?), um papel filme para proteger... E a dor de quem acabou de se queimar. Mas isso passa no terceiro dia.
Hoje, minha filha está linda, se recuperando... E já estou com planos de fazer OUTRAS pelo corpo. Mas sobre essas eu não conto, não. Só pessoas ultra-especiais vão fazer parte do seleto time que terão acesso a esses pequenos mapinhas...
Beijos, apareçam, deixem comentários...

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