19 August 2010

Jogos

Jogos entre pessoas sempre são uma demonstração de poder. De qualquer tipo de poder. Qdo vc finge que não está a fim de alguém, mesmo estando, é uma forma de poder. Poder no estilo "te-trago-pra-mim-a-hora-que-EU-quiser". Qdo finge não se importar com as coisas que as pessoas fazem, pra que elas te contem o que vc quer/precisa saber, é uma forma de poder.
Eu nunca soube fazer esses joguinhos. Era uma desgraça, qdo caía de amores por alguém, babava total. Não conseguia parar de olhar, não conseguia me fazer de difícil, não conseguia ficar só amiga, não conseguia disfarçar. Nem pra dar gelo em alguém, pra que essa pessoa passe a me valorizar, eu sou boa. Não sei o que é isso. Talvez, o famoso "sincericídio" (imortalizado pela "Fazenda" da Record).
Quando conheci o Fabiano, de cara fiquei doida por ele. Sério. Não consegui fazer charme, não consegui esperar até o segundo encontro pra nada: eu queria beijar, andar de mãos dadas, abraçar ele naquele dia, naquele momento. Até que, na hora de me despedir, falei a real: que queria um beijo dele. Fui atirada, meeeeeeeeeeeeeeerrrrrrrrrrrrrmo. Resultado: quase 5 anos de namoro.
Com as pessoas que quero manter amizade, relacionamento, convivência, também prefiro que seja assim: não gostei, f**a-se, vamos resolver logo. Detesto ter que ficar tentando adivinhar o que passa pela cabeça do outro, o que levou a agir assim ou assado, etc. Esse negócio de "bate-assopra" pra mim é uma perda de tempo, queria que as pessoas parassem com esse negócio de falar pra mulherada se fazer de difícil pq homem gosta é de conquistar. E também que parassem de falar pro machario que mulher quer ser conquistada, se ela ceder muito fácil, é pq não presta, vai com todos, etc.
Tem uma diferencinha básica entre se valorizar e se fazer de difícil: se valorizar, na minha modesta, humilde (e por módico preço) opinião, é vc saber o que quer, e não aceitar qqer coisa/ qqer um só por não se encaixar no padrão que vc mesmo escolheu. Tipo, é fã de morenos de olhos verdes e cabelos compridos encaracolados; mas só aparecem loiros de olhos azuis totalmente mauricinhos. Aí, vc aceita ficar com o último tipo, e assim vai... Ser difícil, pra mim, é a típica atitude que te faz perder tempo: vc tá lá, conversando com o cara, louca pra agarrar, beijar, fazer sabe-se-lá-o-que, mas... vai enrolando, pra ver se ele fica com mais vontade que vc. Criar um mistério é legal, mas ficar dificultando, dificultando, dificultando, me parece perda de tempo. Se o cara é legal, te trata bem, dá inequívocos sinais de que tá a fim, e vc tá a fim tb, vai em frente. Se vc não tá tão a fim assim, chega e fala com jeitinho, pra não perder o amigo. Mas não fica enrolando.
O ruim, pra mim, é quando esses joguinhos acontecem justamente em relações em que não deveriam acontecer. Tipo, pai/mãe/filho; irmão/irmã; namorados; amigos... Quando vc tenta falar as coisas, não deixa o outro pular fora. Pq aí começam os jogos de vingança (eu sei, também faço. Não devia, mas faço). Aquela coisa, "vc me judiou, agora vai ver só". Triste. Mesmo.
Ainda vou tomar jeito, quem sabe deva aprender a fazer esses joguinhos, tb.

05 August 2010

Tem horas q eu não entendo...

Não entendo a mim, não entendo os outros, que dirá as situações. Digamos que o momento esteja difícil. Para ambos. E que ambos comecem a se dar bem, a conversar...

Um dia, ambos verificam que do jeito que está, a situação não vai durar e nem prestar. Se assustam mutuamente. Ambos estão confortáveis com a situação, mas se assustam mesmo assim. Resolvem continuar.

Num belo dia, ou não tão belo assim, começa a surgir uma tensão entre ambos. Algo inexplicável. Algo que somente pode ser vivenciado. Pensamentos (pelo menos, na cabeça de um) surgem. Dúvidas surgem. Ponderações surgem.

E, eis que do nada, sem aviso prévio, a situação é resolvida unilateralmente. Não é uma situação agradável,confortável, bonita. A solução adotada não traz felicidade a ambos. As indagações surgem, mas mudam de foco: por que isso, por que aquilo? O que eu fiz de errado? O que eu fiz de mais? O que eu fiz de menos?

O pior de tudo isso é a insegurança gerada para e por ambos: como será o tratamento no futuro? Qual será o protocolo que deve ser adotado? Como deverão agir em frente aos demais? E entre si, usarão de gentilezas ou voltarão a como era no princípio?

Quero voltar e deixar como estava. Estava bom. Não ia passar daquilo. Mas estava bom. Era uma forma de alívio - pelo menos, para um...

04 May 2010

A nossa vida pelos outros

Todo mundo acha que sabe o que é melhor pros outros. Menos, é óbvio, a gente mesmo. Qualquer coisa que não corresponda à expectativa dos outros sobre a nossa vida, já é motivo de crítica, reclamação, chacota... O pior é quando vem de alguém que respeitamos, amamos, consideramos e, sobretudo, ouvimos.
Aí ficamos pensando se as nossas escolhas estão realmente nos levando para o caminho da felicidade; e se tomarmos o caminho indicado pelos outros, estaremos melhor... Eu juro que fico pensando nessas besteiras.
Aí eu descubro, depois de muito pensar - e, é óbvio, forçar enormemente meus globos oculares a fim de não chorar feito um bezerro desmamado e com MUITA fome - que eu sei exatamente o que quero pra mim, pra minha vida, e que certamente serei a pessoa mais triste, rabugenta e gorda deste lado de cá do mundo caso abra mão do que quero.
Se mais pra frente não der certo, sei lá, vou vender pamonha na praia. Imaginem que linda cena: eu, na praia, um sol que com certeza foi o capeta quem colocou, gorda feito uma boia de baleia (aquelas de Free Willy), vendendo pamonha num isopor encardido e gritando "pamonha, pamonha, pamonha! Pamonhas doce e salgada! Curau e doce de milho verde". Freaking nightmare!
Não, não, é melhor voltar pra realidade, e seguir em frente como sou, de onde estou, sempre acreditando que as MINHAS escolhas, por mais que não pareçam, ainda são as melhores pra mim.

30 April 2010

Mas então...

Eu podia estar peticionando, podia estar estudando, falando com algum cliente, mas estou aqui, lendo os arquivos dos dois blogs mais engraçados que eu já li, o "Homem é tudo Palhaço" (www.tudopalhaco.blogspot.com) e o "Ninguém lê esta Porcaria" (www.vidabizarra.blogspot.com). O pior é que eu já tentei me afastar do vício e não consigo.
Prometo que vou só ler mais uma página de arquivo e volto a trabalhar, juro...