Estou falando da música do Gabriel o Pensador. É, aquela que vc cantava tanto pra sua amiguinha loira que, dependendo da sua inclinação sexual (desculpem, falar em "opção" me parece meio fora do contexto), ou vc morria de inveja ou queria pegar e não conseguia.
Aí, esses dias eu fiquei aqui pensando, pensando, pensando em como eu podia escrever sobre o assunto - até pq, como já falei antes, as melhores idéias vêm quando eu estou num ônibus lotado. E juro que tentei achar algumas frases que não soassem muito preconceituosas.
Primeiro, pq "lôraburra"? Pq o preconceito justamente com as loiras? Parece coisa de gente despeitada, e muita gente só cantava a música justamente por isso: pq estava despeitada. É muito mais fácil agredir quem a gente nem sabe como age do que tentar entender algumas atitudes. De qqer forma, na época, o que mais tinha era loira gostosa que não se importava de ser chamada de burra (vai fazer isso hoje em dia).
Aí, no final da música, o Pensador esclarecia que tinha muita "lôraburra" morena, ruiva, japonesa... Mas como esse pedaço falado ficou meio abafado pelo refrão, quase ninguém prestava atenção. Ficou que só as loiras são burras.
Mas pensa bem, musicalmente, "lôraburra" é mais melódico. Loiras, não me matem, eu realmente tentei colocar outras tonalidades de cabelo na música, mas não tem a mesma força. Se serve de consolo, "ninguém chuta cachorro que sabe que está morto".
O lance é encarar o lôraburra na brincadeira, como faz minha amiga H.: falou qualquer coisa que dê a entender que ela é bobinha, na hora ela fala "desculpa, é que eu sou loira"...
Em tempo: sou morena, tive raiva de muitas pessoas loiras e conheci outras loiras fantásticas. Assim, acabei amadurecendo e vendo que a cor do cabelo é... só uma cor do cabelo. Mais: ADORO, AMO SER MORENA!!!
1 comment:
A última frase tbm se aplica a mim.
Posso nao ter preconceito com relaçao a loiras (até pq, tenho várias amigas que sao), mas que tenho orgulho do meu "pretinho básico", ah isso tenho...
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