12 May 2011

O Fantástico Mundo Corporativo

Trabalhar podia ser pior. Ou melhor, depende da situação. Hoje tive CERTEZA de algo que eu já desconfiava há tempos. Não dá mesmo pra confiar em certos colegas de trabalho.

Mania da gente ficar tentando ser amiguinho de colega de trabalho. É aquilo que a minha mãe sempre me disse: "colega é colega, amigo é amigo, e amigo vc conta nos dedos". Eu diria mais: nos dedos de uma mão. Com esforço, nas duas.

Vamos ao fato. Acontecido há poucos minutos. O meu dia não começou bem, hoje, em razão de um maldito engarrafamento acontecido na rua em que passa o meu ônibus. O que me fez perder preciosos 15 minutos esperando para chegar ao ponto em que desço (em dias normais, o mesmo percurso dura entre 5 e 10 minutos). Ou seja, lógico que cheguei MUITO atrasada no escritório. Assim que pus os pés no local de trabalho, vi um sorrisinho maroto de pura satisfação em olhar o horário em que adentrei na empresa... e o que EFETIVAMENTE eu deveria adentrar. Como eu já estava irritada o suficiente, na hora não me toquei nem me irritei - mas pensando bem, agora, estou começando a me irritar (o que me faz praticamente torturar o teclado metralhar letras).

Sem problemas. Irritadíssima, resolvi descarregar toda a minha raiva na digitação e pesquisa na internet para fazer uma petição que tenho prazo pra entregar ao chefe hoje (sim, eu mesma me estipulei esse prazo). Não é um processinho fácil, sabem. Depende de toda a minha concentração, a qual resolveu tirar férias por tempo indeterminado e manda lembranças da gaveta de meias.

Enfim. Agora há pouco, vi que essa colega não estava em seu posto de trabalho habitual, embora estivesse trabalhando. O telefone tocou, e não vi nada demais em puxar a ligação. Atendi o cliente (como normalmente faria), desliguei o telefone, beleza. Teria um recado para passar ao BB (Big Boss) quando ele retornasse ao escritório. Nada fora do controle, concordam?

Foi aí que o cliente, sabe-se lá porque cargas d'água resolveu ligar de novo. Pra perguntar a mesma coisa. A pessôua em questã falou para o cliente que ele havia sido atendido por mim, pois ela viu a hora em que eu puxei a ligação pra minha mesa. Acontece que, menos de 10 minutos depois da ligação do cliente, o BB chegou. Normal, tranquilo, e ela se limitou a falar que o cliente havia ligado perguntando da audiência. Não mencionou que eu havia atendido o cliente, nem nada.

Não tinha problema nenhum em ela ter dado o recado de que atendeu o cliente. O que me deixou possessa é que ela não mencionou que ele havia ligado antes e que eu havia atendido! Se ela falasse isso, não ia ficar chato, feio, irresponsável ou pouco competente da parte dela. Ia parecer que ela passou a ligação pra mim.

Ela não rouba meus clientes (até porque nossos trabalhos/profissões/atribuições são diversas). Não fico chateada por isso, por não ter dado o recado inteiro. O caso é que ela simples e totalmente DESCONSIDEROU a minha atuação profissional, mesmo sabendo que eu havia atendido o cliente! E isso conta muito onde estou. Atender clientes faz parte da profissão, às vezes eu dou perdido neles (quando estou no meio de uma puta petição), mas atendo todos de boa vontade e educação mínima.

Enfim. Além disso, a pessôua em questã também se "aliou" a outro "cuco" do lugar, que é conhecido por ser um FDP que só quer se dar bem por ser parente do BB. A gente sabe bem que, qdo isso acontece no local de trabalho, não resulta em boa coisa.

Ou seja, se antes eu tinha um certo receio, distanciamento, com a pessoa em questão, agora já tá ficando na cara. Pode isso? Quem me garante que essa pessoa é efetivamente confiável?

Sinto falta da minha amiga que ocupava esse posto...

1 comment:

Luana said...

Voce tá aqui também? Uau!

Tem um sujeito no meu trabalho que é o tipico FDP, ele uma vez veio perguntar sobre um aparelho que tinha chegado "o que é isso?", eu respondi educadamente "é um espectrômetro de nêutrons". Dali 10 minutos meu chefe chega na sala, sabe o que o FDP disse? "voce pode me dizer pra que serve esse aparelho? A Luana nao soube me dizer". Eu quase voei no pescoço dele, mas como meu chefe conhece a peça só deu risada... hunfs...